domingo, 8 de julho de 2012

Estelionato na telefonia celular brasileira

(06.07.12)

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirmou anteontem (04), ao reunir-se com a Anatel e deputados em Brasília, que as autoridades governamentais precisam reconhecer que o consumidor brasileiro, lamentavelmente, tem sido vítima de descaso na telefonia móvel.

“O cidadão compra a expectativa de um serviço ou produto de telefonia achando que este vai funcionar satisfatoriamente e o que recebe são interrupções a todo momento, faturas altas e serviços com funcionamento inadequado”. 
A frase de Ophir é delicada e discreta ante a má qualidade dos serviços.

Melhor definição dá o gaúcho Claudio Lamachia, que - como presidente da OAB-RS - lidera uma ação em trâmite na Justiça Federal do RS contra todas as operadoras de telefonia celular: "O modo de agir dessas empresas deve ser tratado como estelionato" - diz o dirigente, que lamenta a demorada (novidade?) tramitação da ação.

A OAB está pedindo que a Anatel se poste ao lado dos consumidores, sem deixá-los com a sensação de falta de proteção e sem respostas a seus reclamos. “A Anatel não tem conseguido mostrar ao cidadão o trabalho fiscalizatório que desenvolve e o que tem sido efetivamente feito para que as operadores adequem sua estrutura ao padrão mínimo de qualidade exigido” - complementa Ophir.

O presidente da Anatel, João Batista de Rezende, respondeu verborragicamente: "A Anatel tem feito o seu trabalho, punindo operadoras com multas e determinação de suspensão de venda de serviços quando estes não atingem níveis adequados. Também temos acompanhado os locais em que a qualidade do serviço de telefonia móvel tem se mostrado pior". Será mesmo?

Rezende sugere novas conversas e propõe que "ações conjuntas mais profícuas sejam realizadas em prol da oferta de um melhor serviço ao consumidor". Ele sugere a realização de um roteiro de debates na Assembleia Legislativa do RS para conhecer a realidade da telefonia móvel nas regiões gaúchas que enfrentam maiores problemas.

Ora bolas, que ele vá conversar via celular. Se conseguir falar e escutar...

Fonte: Espaço Vital (www.espacovital.com.br)

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